Argentina - Mendoza (2010)

Mendoza que fica nas bordas da Cordilheira dos Andes, foi uma sugestão de viagem de um casal de amigos que além de adorar viajar, curtem vinhos e esportes (Cristina e Fernando) e as dicas deles foram fundamentais. Nossa viagem ocorreu em julho de 2010, ficamos por lá uma semana.
Conhecida como "adega da Argentina", uma vez que, segundo Wikipédia, Mendoza é responsável por mais de 70% da produção vinícola da Argentina, e esta ocupa o honroso 5.º lugar no mundo.
Contrastam gigantescas vitivinícolas com as melhores tecnologias do mundo, ao lado de pequenas cavas artesanais e familiares. São cerca de 1.220 bodegas, que produzem 1 bilhão de litros por ano, onze vezes mais que toda a produção brasileira. Mais de 100 vinícolas estão preparadas para receber visitantes. E lembre-se, Mendoza tem a fama de produzir o melhor Malbec do mundo.


Pernoitamos no hotel (Holiday Inn - Santiago do Chile) em frente ao aeroporto de Santiago, pois o voo para Mendoza era bem cedinho. Chegamos em Mendoza pela manhã, deixamos nossa mala no hotel da região central. Lá existem várias opções (usamos o site booking) e pegamos o carro alugado. Na nossa opinião, alugar carro foi uma excelente decisão, pois ficamos livres para fazer o roteiro e assim visitar diversos lugares e vinícolas, uma vez que existe certa distância entre elas. Mas não se preocupe, não foi difícil dirigir em Mendoza, além de não ter o teste do bafômetro, mas tomem cuidado! Depois disso, seguimos para Família Zuccardi (com reservas para almoço / parrillada - Casa do Visitante Zuccardi), essa foi nossa programação para o 1º dia.





No dia seguinte, tínhamos reservado visita guiada na Catena Zapata e almoço harmonizado da vinícola Belasco de Baquedano.  No caminho para Catena Zapata, avistamos a Chandon e como tínhamos tempo resolvemos parar. A Moet & Chandon é uma empresa francesa fundada em 1943, que possui uma unidade de produção em Mendoza. Sem nenhuma reserva fizemos uma visita guiada com degustação de espumantes no final. A visita é muita bonita, passando pelos tanques de fermentação e pelas cavas, na degustação a guia fornece informações sobre as bebidas que estão sendo degustadas...então... tim tim!!! 

Catena Zapata é maravilhosa não apenas pela sua arquitetura inspirada nas pirâmides maias, mas pelas suas instalações e não deixe de subir no terraço.




Da Catena Zapata, seguimos para a visitação e almoço na vinícola Belasco de Baquedano, imperdível! Para nós, essa dica foi ouro! Uma vinícola majestosa, que no seu tour possui a visita ao Salão dos Aromas, que é uma sala interativa educacional que convida os visitantes a exercer os seus sentidos, sendo este o mais completo de toda a América, tem 46 sabores identificados, estruturados e ordenados, com um painel explicando os diferentes tipos de aromas que existem no vinho. Depois de conhecer a produção, enfim, o almoço acompanhando entre outros rótulos, o vinho Swinto...fantástico!





No 2º dia decidimos conhecer a Cortilheira mais de perto. Existem várias empresas de turismo que fazem esse passeio, mas como estávamos de carro, alugamos correntes para o pneu e seguimos. O guarda rodoviário parou cada automóvel verificando a existência delas e SIM, no inverno é necessário e obrigatório! Passamos pelos pontos principais da Ruta Nacional 7 (RN 7), represa Potrerillos, estação de esqui Los Penitentes, Puente del Inca, Parque do Aconcágua. A estrada é belíssima e creio que em qualquer época do ano, vale o passeio e há vários lugares para lanche ou almoço.





No 3º dia, agendamos um almoço harmonizado na Ruca Malen (indicamos com certeza absoluta!). Mas antes passamos pela vinícola Renacer que produz o famoso Achaval-Ferrer.




Ruca Malen é elegante e inesquecível! A beleza do lugar vai lhe transmitir a paz que será brindada com um vinho de qualidade. Quanto ao almoço, divino!!!





No 4º dia decidimos almoçar na vinícola mais distante escolhida por nós, O' Fournier, que fica 112 km do centro de Mendoza, portanto, teria um trecho maior de estrada. No caminho estava a Salentein (107 km), que somente entramos e não fizemos degustação...uma pena! Sua visita detalhada ficará para uma próxima! Além disso, Salentein oferece hospedagem. Mas o vinho da O' Fournier, não era conhecido por nós e altamente recomendado, então optamos por esta vinícola chiquérrima, o restaurante tem visita para as Cordilheiras de tirar o fôlego e o almoço segue o padrão dos outros que visitamos (almoço gourmet para poucas pessoas, aí entendi o motivo de todas as vinícolas que oferecem almoço harmonizado solicitarem reserva).



 



No 5º dia, seguindo uma dica da recepcionista do hotel, fomos para Termas Cacheuta. São piscinas naturais com temperaturas variadas, umas cobertas e outras não, sendo que a água é proveniente do degelo, se infiltra nas rochas a grande profundidade, onde adquire alta temperatura e se eleve à superfície. 

É um lugar simples,  familiar, frequentado pelos mendocinos. Lá tem vestiários, venda de lanches, mas dá para fazer piquenique também, foi uma pena que não levei um vinho e pães...teríamos aproveitado ainda mais!



Escrevo sobre as Termas e não sobre o Hotel Spa de Cacheuta, pois são coisas distintas, Termas tem um preço bem mais barato em relação ao Spa que precisa inclusive de reservas. Algumas pessoas não gostaram das Termas pela muvuca, mas fui num dia de semana e estava tranquilo e a gente se divertiu.
No 6º dia, fígado já arriando, fomos visitar a vinícola Norton (gigante), sendo que na época de nossa visita optamos pela degustação de vinhos com uma tábua de queijos e frios (exagero!), hoje também tem restaurante. 











Seguimos para uma almoço na vinícola Clos de Chacras. Porque Clos de Chacras? Por ser uma vinícola muito menor e familiar, a qual também não conhecíamos seus vinhos de qualidade.O ambiente é agradável, a construção rosada é de 1921, não foi almoço com harmonização de vinhos como em outras vinícolas, escolhemos um Clos de Chacras - Malbec 2006 e saimos satisfeitos.  Esta foi nossa última vinícola, no dia seguinte (7º dia) retornamos desta viagem memoráveis!


Mendoza, terra do sol e do bom vinho, encontra-se numa região de deserto, de clima semiárido, seco e com poucas chuvas. As estações são bem definidas, verão quente com noites amenas e inverno frio. Como estive lá no inverno, a cidade estava com suas muitas árvores peladas e folhas caídas no chão. O centro tem muitas praças, adorei a Plaza España, com azulejos lindos.  



Todos os dias saíamos para andar no centro da cidade, ver as praças e lojas. Conhecer as vinícolas, degustar vinho, almoço harmonizado (sem pressa nenhuma) e fazer outros passeios na região é cansativo, por isso, ficar hospedado na região central foi muito bom, depois de tanta comilança e bebelança, o corpo pedia uma caminhada e o centro foi perfeito!
Outro lugar encantador  é o parque San Martín, enorme com mais de 300 hectares onde se pratica esportes ao ar livre. 




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